COLETA DE RESÍDUOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: DESAFIOS E COMPROMETIMENTO PÚBLICO
DOI:
https://doi.org/10.19177/rgsa.v4e22015489-529Palavras-chave:
Resíduo, População, Poder Público, Comprometimento, Desafio.Resumo
O objetivo primordial do estudo foi elencar os desafios enfrentados pela administração pública do estado do Rio de Janeiro quanto às condições de coleta e armazenamento de resíduos sólidos, bem como avaliar o comprometimento da população e do próprio poder público com as políticas de resíduos. A presente pesquisa foi pautada na metodologia exploratória, quando busca tornar público o histórico da problemática do descarte irregular e irresponsável dos resíduos no Grande Rio no decorrer da história, fazendo uso do levantamento bibliográfico e, também, sob a ótica explicativa ao esclarecer e justificar os motivos que levaram ao agravamento dos impactos ambientais, sociais e econômicos oriundos daquela problemática. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados livros impressos e digitais, relatórios, revistas, reportagens, artigos, pesquisas, projetos e programas, além da observação direta ao realizar visitas a Secretaria de Estado do Ambiente, ao Aterro Sanitário de Jardim Gramacho e a região do antigo Aterro Sanitário do Caju. A análise constatou que o município do Rio de Janeiro produz hoje cerca de 20 mil toneladas de resíduos por dia e que são despejados em aproximadamente 140 (cento e quarenta) “lixões” regulares e irregulares controlados pelas próprias prefeituras e, apesar, dos inúmeros programas, projetos e leis tratarem do descarte sustentável dos resíduos, o “lixo” continua sendo despejado em locais impróprios, sem qualquer tratamento e fiscalização, assim contaminando o solo e água e causando doenças. Atualmente a Baía de Guanabara ainda recebe esgoto in natura de milhares de residências da região metropolitana do Rio e também metais pesados despejados por indústrias. Todos esses materiais causaram o assoreamento, a contaminação e a morte de vários ecossistemas. O Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho foi fechado após 34 anos de operação, mas o descaso do poder público e a falta de comprometimento da população permitem que o local continue recebendo os resíduos dos bairros mais próximos como também das redondezas. Portanto a aparente utopia de um Rio de Janeiro que concilie desenvolvimento associado à sustentabilidade do meio ambiente, qualidade de vida e igualdade social só será alcançada com muita reflexão, boa vontade, comprometimento do poder público e da sociedade e a realização de ações políticas aliadas ao simples entendimento de que cada atitude isolada afeta sobremaneira o meio em que vivemos.
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