Para uma crítica da economia linguística: o apagamento da ontologia social da língua e do sujeito-falante a partir de Locke

Autores

  • Carla Macedo Martins

Palavras-chave:

Ontologia, Epistemologia, Historicidade, Língua. Universalismo

Resumo

Neste ensaio, analisamos a fundação da língua e do sujeito-falante a partir do Ensaio acerca do entendimento humano, de John Locke. Nesta obra, discutimos a formulação da noção moderna de língua enquanto espaço do universal, com vistas à comunicabilidade e funcionalidade, e da noção de sujeito-falante como senhor do discurso e lócus de transformação linguística. Observa-se, assim, neste pensador, um contraponto à ontologia social da língua identificada em Marx e Engels na obra A Ideologia Alemã. O ensaio correlaciona ainda a fundação da língua e do sujeito em Locke com a política e a ciência modernas capitalistas. Por fim, o texto vincula a discussão sobre a ontologia da língua e do sujeito com as análises contemporâneas a respeito da dicotomia entre diversidade cultural e universalismo científico no âmbito das ciências sociais e humanas, e as possíveis contribuições das análises do discurso de inscrição marxista.

Biografia do Autor

  • Carla Macedo Martins
    Fundação Oswaldo Cruz. Doutora em Linguística.

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Debate