A RESPONSABILIDADE ENUNCIATIVA NO TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA MIDIÁTICA

Autores

  • Marcos Filipe Zandonai Universidade Estadual de Ponta Grossa Departamento de Estudos da Linguagem Ponta Grossa, PR, Brasil
  • Maria Eduarda Giering Universidade do Vale do Rio dos Sinos Escola da Indústria Criativa São Leopoldo, RS, Brasil http://orcid.org/0000-0001-8098-4238
  • Maria Helena Albé Universidade do Vale do Rio dos Sinos Escola da Indústria Criativa São Leopoldo, RS, Brasil

Palavras-chave:

Divulgação científica, Responsabilidade enunciativa, Orientação argumentativa

Resumo

Este artigo objetiva mostrar marcas de (não) assunção de responsabilidade enunciativa presentes em uma reportagem de divulgação científica midiática publicada na revista Superinteressante. Para isto, baseia-se na Análise Textual dos Discursos (ATD), especificamente na noção de responsabilidade enunciativa (RE) (ADAM, 2011), nas teorizações de Guentchéva (1994, 1996) sobre o mediativo, e nas considerações de Charaudeau (2016) sobre midiatização da ciência. Procura entender que representações do discurso alheio são construídas, as quais fazem com que o Locutor/Enunciador (L1/E1) cumpra certas finalidades, próprias do contexto de comunicação em que está inserido. Analisa três excertos da reportagem, mediante os quais descreve como são apresentadas e representadas as vozes do texto. Embora a reportagem não tenha finalidade propriamente argumentativa e Pontos de Vista (PdV) contrastantes sejam expostos, a análise evidencia que L1/E1 expressa diferentes graus de engajamento em relação a um ou outro PdV, o que indica seu posicionamento sobre os conteúdos atribuídos a terceiros.

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Publicado

2018-10-24