O FUNCIONAMENTO DISCURSIVO DE CAMPANHAS SOBRE A VIOLÊNCIA NO PARTO: TESTEMUNHO, VIOLÊNCIA E SILÊNCIO.

Autores

Palavras-chave:

Testemunho, Imagem, Violência Obstétrica, Memória, Silêncio

Resumo

Este artigo apresenta uma reflexão sobre as formas de significar a violência obstétrica na atualidade, através da análise de recortes de duas campanhas de combate a esse tipo de violência: #partocomrespeito, produzida e difundia pelo semanário brasileiro Época, e Voces contra la violencia obstétrica, veiculada pela associação argentina Las Casildas. Amparados nos pressupostos teóricos da Análise de Discurso elaborada por Michel Pêcheux e seu grupo, problematizam-se as campanhas em seus modos constituição, formulação e circulação, enquanto produtoras de diferentes sentidos para a violência. Tecidos na relação entre palavras, imagens e sons, são sentidos que se formulam por meio do jogo entre o visível e o invisível. Nos recortes, a imbricação entre imagem e testemunho constitui um discurso sobre a violência obstétrica, tecido no movimento entre o dizível e o indizível do trauma, entre a injunção a tudo dizer e o silêncio em suas diferentes versões, conforme teorizado por Orlandi.

Biografia do Autor

  • Aline Fernandes Azevedo Bocchi, FFCLRP-USP; UNIFRAN
    Pós-doutorado (FAPESP processo 2016/20876-6) na FFCL-RP da USP; Docente do Mestrado em Linguística da UNIFRAN.

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Publicado

2019-03-26