Trapaceando a língua no governo médici: um estudo sobre o imaginário de língua pelo jornal O Pasquim

Autores

  • Carme Regina Schons Universidade de Passo Fundo
  • Cinara Sabadin Dagneze

Palavras-chave:

Imprensa brasileira, Humor, Resistência

Resumo

O estudo reflete sobre o modo como as relações entre poder e força de resistência atuam na construção de um imaginário que agrega novos sentidos à língua. Considerando que o estudo da língua é ideológico, neste caso uma questão política, e que mudanças ocorrem, determinadas pelas leis e práticas sociais, são aqui analisados discursos de jornalistas publicados no jornal O Pasquim (1969 e 1970). Por se tratar de um jornal de oposição ao governo ditatorial, partimos da indagação: Que efeitos tais discursos teriam produzido, uma vez que se contrapunham às práticas do governo militar utilizando-se do humor? Por meio de uma escrita simbólica, o humor trapaceia e perpassa a estrutura da língua trabalhada em manuais de redação da imprensa brasileira no governo Médici. O texto jornalístico, mesmo resultando da prática de uma escrita especializada, institucionalizada em manuais de redação, pode ser pensado como espaço de resistências, equívocos e subjetividades.

Biografia do Autor

  • Carme Regina Schons, Universidade de Passo Fundo
    Professora e pesquisadora do Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo, mestre e doutora em Teorias do Texto e Discurso pela UFRGS.
  • Cinara Sabadin Dagneze
    Mestre em Letras, Estudos Linguísticos, pela Universidade de Passo Fundo (UPF)

Downloads

Publicado

2011-07-01

Edição

Seção

Artigos