As portas que giram: um estudo discursivo sobre a degradação do corpo em A última gargalhada

Autores

  • Odair José Moreira da Silva

Palavras-chave:

Expressionismo, Cinema, Corpo, Discurso, Isotopia

Resumo

O expressionismo alemão no cinema floresceu como um ciclo de filmes que tinha como uma das metas revelar a experiência conflituosa e psicológica das personagens envolvidas nos ditames sociais com uma profusão de elementos que propagavam o tom caótico de seus inconscientes. Um dos temas frequentes desse cinema centrava-se na degradação social, tanto física, quanto moral. O discurso fílmico expressionista é construído, em alguns casos, com base na figurativização de corpos à beira do colapso e da ruína humana, o que enfatiza ainda mais essa degradação que percorre todo o enredo. Pelo viés da semiótica francesa, enfatizando a teoria discursiva que trata dos temas e das figuras dos discursos, sem se esquecer do trabalho recorrente das isotopias figurativas, pretende-se aqui observar de perto como um tema tão recorrente foi engendrado na estrutura de um dos filmes mais marcantes do cinema expressionista alemão, A última gargalhada (1924), de Friedrich Wilhelm Murnau.

Biografia do Autor

  • Odair José Moreira da Silva
    Doutor em Semiótica e Linguística Geral. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – USP.

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