A PERFORMATIVIDADE DE CORPOS FEMININOS QUE NÃO SE CALAM:

AS INDEXICALIZAÇÕES DA FIBROMIALGIA

Autores

Palavras-chave:

Discurso, Performatividade, Resistência, Histeria, Fibromialgia

Resumo

A constituição subjetiva feminina – discursiva, portanto – requereu historicamente várias formas de resistência para ter lugar no mundo social, as quais produziram sofrimentos ou foram pela dor produzidas. Não solucionada pelo discurso médico, a Fibromialgia, síndrome dolorosa que acomete predominantemente mulheres, parece representar o corpo que resiste – em um jogo de relações de poder, de discursos sempre em disputa. A performatividade de mulheres fibromiálgicas, nas discursividades em que se constituem, pode sinalizar para aquilo que o corpo parece não querer silenciar, embora a medicalização assim intente fazer. Esses sinais podem ser compreendidos em alguma medida como indexicalizações discursivas em sentido amplo, para além das formas linguísticas em sentido estrito, na medida em que apontam para discursos sobre o que é ser mulher e o que pode ser uma mulher

Biografia do Autor

  • Kamila Caetano Almeida, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    Revisora de textos no Instituto Federal Catarinense (IFC). Doutoranda em Linguística na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

  • Sandro Braga, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

    Professor do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde lidera o Grupo de Estudos no Campo Discursivo. Doutor em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

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Publicado

2024-04-27

Edição

Seção

Artigos