DISCURSOS POLÍTICOS EM CRISE

DUHALDE (2002), FERNÁNDEZ DE KIRCHNER (2008) E FERNÁNDEZ (2020) COMO POLÍTICOS-PROFESSORES

Autores

Palavras-chave:

Crise, Ethos discursivo, Vínculo representante

Resumo

Neste artigo, são analisados de forma comparativa os discursos públicos de três presidentes argentinos – E. Duhalde, C. Fernández de Kirchner e A. Fernández – em conjunturas definidas como críticas – crise de 2001, conflito com as entidades agropecuárias e início da pandemia causada pela COVID-19, respectivamente – e são estabelecidos pontos de semelhança e divergência. Nos três corpora, observa-se a projeção de uma imagem dos locutores como professores, focada na exposição e explicação de um diagnóstico específico sobre a crise. Por outro lado, são identificadas modulações desses ethos docentes, surgidas de sua articulação com outras imagens de si mesmos: pastor-professor, no caso de Duhalde; professora especialista-mulher, no caso de Fernández de Kirchner; e consensual-paterna-professor, no caso de Fernández. Esta análise permite, por um lado, revisitar a noção metodológica de ethos híbrido convergente e, por outro lado, refletir sobre a configuração do vínculo representativo em conjunturas de crise.

Biografia do Autor

  • Mariana Cané, Universidad Nacional de General San Martín

    Investigadora postdoctoral del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) en la Escuela Interdisciplinaria de Altos Estudios Sociales (EIDAES) de la Universidad Nacional de General San Martín (Argentina). Doctora en Ciencias Sociales (UBA), Magíster en Ciencia Política (EIDAES/UNSAM), Licenciada en Sociología (UBA). 

Publicado

2024-02-05

Edição

Seção

Artigos