Lugar de mulher é na ciência: análise discursiva de tiras cômicas sobre as cientistas

Autores

Palavras-chave:

Estereótipo, História das mulheres, Memória discursiva, Tira cômica

Resumo

Por muito tempo, as mulheres foram excluídas do saber formal e impedidas de exercer profissões, como a de cientista. Hoje, mesmo com avanços, ainda enfrentam preconceitos quanto a sua capacidade para a ciência. Este artigo tem dois objetivos: discutir a formação histórica de estereótipos sobre a relação entre mulheres e conhecimento e analisar três tiras cômicas que tratam da mulher na ciência, produzidas pelos sites Quadrinhorama e Dragões da Garagem. A análise fundamenta-se nas noções de memória discursiva, de Courtine (2009), e de estereótipos, de Amossy e Pierrot (2001), Burke (2017) e Allport (1979). Mobiliza também a discussão de Ramos (2017) sobre o gênero tira cômica e as considerações de Perrot (2017) e Tosi (1998) sobre a história das mulheres. Os resultados mostram que as tiras retomam e refutam estereótipos acerca das mulheres fundamentados em um discurso sobre o feminino como menos apto para a ciência, em contrapartida a uma suposta habilidade masculina para o raciocínio lógico.

Biografia do Autor

  • Daiane Rodrigues de Oliveira Bitencourt, Centro Universitário Cenecista (UNICNEC)
    Mestre e doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com ênfase em Análise do Discurso. Membro do Centro de Pesquisa Fórmulas e Estereótipos - Teoria e Análise (FEsTA), do IEL/UNICAMP. Professora-autora do Centro Universitário Cenecista (UNICNEC).

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Publicado

2022-11-09