QUEM PODE FALAR NO CENÁRIO POLÍTICO?

DISCURSOS DISCRIMINATÓRIOS SOBRE A VOZ E A FALA PÚBLICA FEMININAS

Autores

  • Dra. Amanda Braga Universidade Federal da Paraíba
  • Dr. Carlos Piovezani Universidade Federal de São Carlos

Palavras-chave:

Fala pública feminina, Discurso discriminatório, Longa duração.

Resumo

O artigo trata da longa duração histórica dos discursos discriminatórios que visam a calar e/ou a menosprezar a voz e a fala pública femininas. Valendo-se de pressupostos e procedimentos metodológicos da Análise do discurso francesa, examinam-se enunciados da Grécia e da Roma antigas e do Brasil contemporâneo, formulados em gêneros discursivos diversos, que materializam um conjunto de ideias, crenças e representações a propósito das supostas incapacidades femininas para o desempenho oratório no espaço público. No que concerne à contemporaneidade, analisam-se enunciados que tematizam a voz e a fala pública femininas no cenário político, mais precisamente com respeito à ex-presidenta Dilma Rousseff e à deputada federal Tabata Amaral. Demonstra-se que, a despeito das profundas transformações históricas nas condições de produção dos discursos, a discriminação da fala e da voz femininas consolidou-se de tal modo que continua a se perpetuar em nossos dias.

Biografia do Autor

  • Dra. Amanda Braga, Universidade Federal da Paraíba

    Docente do Departamento de Língua Portuguesa e Linguística e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal da Paraíba. Doutora pela Universidade Federal da Paraíba com pós-doutorado pela Universidade Federal de São Carlos.

  • Dr. Carlos Piovezani, Universidade Federal de São Carlos

    Docente do Departamento de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de São Carlos. Pesquisador do CNPq. Doutor pela Universidade Estadual Paulista com pós-doutorado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS/França) e pela Universidade Estadual de Campinas. 

Downloads

Publicado

2023-12-10

Edição

Seção

Artigos