ESTRATÉGIAS DE EMPREENDEDORISMO INSTITUCIONAL NUMA REDE DE EMPRESAS DE TURISMO

Autores

  • Ellen Corrêa Wandembruck Lago UTFPR-CT
  • Márcio Jacometti Diretor-Geral da UTFPR/Campus Cornélio Procópio e Doutor em Administração pela UFPR
  • Thiago Cavalcante Nascimento UTFPR-CT
  • Leandro Rodrigo Canto Bonfim UFPR
  • Luiz César de Oliveira Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.19177/reen.v11e32018136-168

Palavras-chave:

Estratégias de empreendedorismo, Empreendedorismo Institucional, Perfil Empreendedor, Empreendedorismo Corporativo, Rede de Turismo.

Resumo

Este artigo apresenta o estudo de uma rede de empresas do setor de turismo nas cidades de Quatro Barras e Campina Grande do Sul, Paraná. O objetivo foi identificar estratégias que fomentam o empreendedorismo institucional na região e o desenvolvimento do perfil empreendedor dos agentes envolvidos. Trata-se de um estudo de caso que utilizou análise de conteúdo de documentos e observação direta no campo. As estratégias adotadas pelas doze empresas investigadas foram identificadas de acordo com os conceitos de formulação estratégica, sugerindo que a adoção de estratégias conjuntas estimulou tanto o empreendedorismo corporativo como o institucional.

Biografia do Autor

  • Márcio Jacometti, Diretor-Geral da UTFPR/Campus Cornélio Procópio e Doutor em Administração pela UFPR
    Possui graduação em Licenciatura em Ciências com Habilitação em Física e Matemática pela Universidade Estadual do Norte do Paraná/Campus Cornélio Procópio (1995) e Doutorado em Administração pela Universidade Federal do Paraná (2013). Foi Presidente da Rede Paranaense de Incubadoras e Parques Tecnológicos de 2008 a 2009, Coordenador do Programa de Empreendedorismo e Inovação de 2002 a 2010 e professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico da UTFPR/Campus Cornélio Procópio desde 1996. Como experiência anterior, foi funcionário do Banco do Brasil de 1988 a 1997, tendo atuado com formação de recursos humanos na área de qualidade total, atendimento ao público e gerência de equipe. Desenvolve trabalhos na área de Administração, atuando no ensino, na pesquisa e na extensão nos seguintes temas: teoria institucional, empreendedorismo, arranjos produtivos locais, difusão de conhecimento em redes interorganizacionais, incubadoras de empresas, estratégia, estudos organizacionais, qualidade total e gestão educacional.

Referências

ALDRICH, H.; MARTINEZ, M. Many are called, but few are chosen: an evolutionary perspective for the study of entrepreneurship. Entrepreneurship Theory and Practice, v. 25, n. 4, p. 41–56, 2001.

ANDREWS, K. R. The concept of corporate strategy. Homewood, IL: Dow Jones-Irwin, 1971.

ANGROSINO, M. Etnografia e observação participante. Porto Alegre: Bookman, 2009.

BACIC, M. J. Empreendedorismo e desenvolvimento. In: World Conference on Business Incubation. Rio de Janeiro: ANPROTEC, 2001.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2010.

BATTILANA, J.; LECA, B.; BOXENBAUM, E. How actors change institutions: towards a theory of institutional entrepreuneurship. Academy of Management Annals, v. 3, n. 1, p. 65-107, 2009.

BERGER, P. L.; LUCKMANN, T. The social construction of reality: a treatise in the sociology of knowledge. New York: Doubleday Anchor Book, 1967.

BERTHERAT, J. L’essaimage: levier de la création d’entreprises, Raport au Ministre du Travail, de l’Emploi, Paris: La Documentation Française, 1989.

BOSTJAN, A. D. H. Clarifying the intrapreneurship concept, Journal of Small Business and Enterprise Development, v. 10, n. 1, p. 7 – 24, 2003.

BURGELMAN, R. A. Corporate entrepreneurship and strategic management: insights from a process study, Management Science, v. 29, n. 12, dez., 1983.

BYGRAVE, W.; MINNITI, M. The social dynamics of entrepreneurship. Entrepreneurship theory and practice. Texas: Baylor University, p. 35-36, out., 2000.

CHAFFEE, E. E. Three models of strategy. Academy of Management Review, v. 10, n. 1, p. 89-98, 1985.

CHAFFEE, E. E.; TIERNEY, W. G. Collegiate culture and leadership strategies. New York: American Council on Education and Macmillan Publishing Company, 1988.

CHANDLER, A. D. Strategy and structure: chapters in the history of the American industrial enterprise. Cambridge: MIT Press, 1962.

COX, L. W. International entrepreneurship: a literature review, 1997. Disponível em: Acesso em: 31 maio de 2016.

DIMAGGIO, P. J.; POWELL, W. W. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational fields. In: POWELL, W. W.; DIMAGGIO, P. J (Org.) The new institutionalism in organization analysis. Chicago: University of Chicago Press, 1991, p. 63-83.

DORADO, S. Institutional entrepreneurship, partaking, and convening. Organization Studies, v. 26, n. 3, p. 385-414, 2005.

EISENSTADT, S. N. Cultural orientations, institutional entrepreneurs, and social change: comparative analysis of traditional civilizations. American Journal of Sociology, v. 85, p. 840-869, 1980.

ELLIS, R. J.; TAYLOR, N. Specifying entrepreneurship. Frontiers of Entrepreneurship Research. Wellesley: Babson College, p. 527-542, 1987.

EURADA. European Association of Development Agencies, 2003. Disponível em: Acesso em: 30 maio de 2016.

FERNANDES, B. H. R.; MACHADO-DA-SILVA, C. L. O impacto da internacionalização nos esquemas interpretativos dos dirigentes do banco Bamerindus. Revista de Administração de Empresas, v. 39, n. 1, p. 14-24, 1999. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75901999000100003.

FERREIRA, J. Corporate entrepreneurship: a estrategic and structural perspective. New England Journal of Entrepreneurship, p. 59-71, 2001.

FREITAS, M. C. D.; MENDES JR., R. Incubação de empresas. In: SILVA JR. R. G. (Org.). Empreendedorismo tecnológico. Curitiba: IEP, 2009.

FRUMKIN, P.; KAPLAN, G. Institutional theory and the micro-macro link. Job Paper. Disponível em: acesso em: maio de 2016.

GARTNER, W. B. Who is an entrepreneur? Is the wrong question. American Journal of Small Business. Baltimore, p. 11-31, 1988.

GARUD, R.; HARDY, C.; MAGUIRE, S. Institutional entrepreneurship as embedded agency: an introduction to the special issue. Organization Studies, v. 28, n. 7, p. 957-969, 2007.

GIDDENS, A. A constituição da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

GREENWOOD, R.; SUDDABY, R. Institutional entrepreneurship in mature fields: the big five accounting firms. Academy of Management Journal, v. 49, n. 1, p. 27-48, 2006.

GUTH, W.; GINSBERG, A. Guest editors’ introduction. Corporate Entrepreneurship Strategic Management Journal. v. 11, p. 287-308, 1990.

JACOMETTI, M.; CRUZ, G. A.; BARATTER, M. A. Perfil empreendedor: uma reflexão sobre a formação empreendedora baseada em cultura, poder e estratégia. Administração de Empresas em Revista, v. 10, p. 191-206, 2011.

JACOMETTI, M.; BULGACOV, S. Análise das interfaces da gestão com o processo estratégico, ambiente e desempenho organizacional: um referencial de análise metateórico. Gestão & Planejamento (Salvador), v. 13, p. 4-24, 2012.

JONES, C. Co-evolution of entrepreneurial careers, institutional rules and competitive dynamics in American film, 1895-1920. Organization Studies, v. 22, n. 6, p. 911-944, 2001.

KANTER, R.M. Quando os gigantes aprendem a dançar. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

KOTLER, P.; BERGER, R.; BICKOFF, N. The Quintessence of Strategic Management: what you really need to know to survive in business. Berlim: Springer, 2016.

KOURILOFF, M. Exploring perceptions of a priori barriers to entrepreneurship: a multidisciplinary approach. Entrepreneurship Theory and Practice, Texas, p. 59-79, 2000.

KURATKO, D. F.; MONTAGNO, R. V.; HORNSBY, J. S. Developing an entrepreneurial assessment instrument for effective corporate entrepreneurship. Strategic Management Journal, v. 11, p. 49-58, 1990.

LA ROVERE, R. L.; SHEHATA, L. D. Políticas de apoio a micro e pequenas empresas e desenvolvimento local: alguns pontos de reflexão. Revista Redes, v. 11, n. 3, p. 9-24, 2007.

LASTRES, H. M. M.; CASSIOLATO, J. E.; MACIEL, M. L. Pequena empresa: cooperação e desenvolvimento local. Rio de Janeiro: Relume Damará, 2003.

LORSCH, J. W. Managing culture: the invisible barrier to strategic change. California Management Review, v. 28, n. 2, p. 95-109, 1986.

MACHADO-DA-SILVA, C. L.; FONSECA, V. S.; FERNANDES, B. H. R. Cognição e institucionalização na dinâmica da mudança em organizações. In: RODRIGUES, S. B.; CALDAS, M. P. (eds.). Novas perspectivas na administração de empresas: uma coletânea luso-brasileira. São Paulo: Iglu, 2000. p. 124-150.

MACHADO-DA-SILVA, C. L.; FONSECA, V. S.; CRUBELLATTE, J. M. Estrutura, agência e interpretação: elementos para uma abordagem recursiva do processo de institucionalização. RAC. Revista de Administração Contemporânea, v. 9, n. 1. ed. esp, p. 09-39, 2005.

MACHADO-DA-SILVA, C. L.; GUIMARÃES, T. B. C. Empreendedorismo como estratégia corporativa na perspectiva institucional de análise: estudo de caso. In: EnANPAD, 2005, Brasília. Anais do XXIX Encontro Anual da ANPAD. Rio de Janeiro: ANPAD, 2005. v. 01. p. 01-16.

MACMILLAN, I. C. et al. Corporate venturing: alternatives, obstacles encountered and experience effects. Journal of Business Venturing, v, 1, n. 2, p. 177-192, 1986.

MANUAL DE OSLO. Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. Produção: ARTI e FINEP. 3. ed. 2005.

MARKIDES, C. Strategic innovation. Sloan Management Review, v. 38, n. 3, p. 9-23, 1997.

MEYER, J. W.; ROWAN, B. Institutional organizations: formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology, v. 83, n. 2, p. 340-363, 1977.

MERRIAM, S. B. Qualitative research: a guide to design and implementation. San Francisco: Jossey-Bass, 2009.

MTUR. Ministério do Turismo. Programa Talentos do Brasil Rural, 2016. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/acesso-a-informacao/63-acoes-e-programas/4888-programa-talentos-do-brasil-rural.html> Acesso em: 26/06/2016.

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.

NORDQVIST, M.; WENNBERG, K.; BAU, M. HELLERSTEDT, K. An entrepreneurial process perspective on succession in family firms. Small Business Economics, v. 40, n. 4, p. 1087-1122, 2013.

OLIVEIRA, J. M. Modelo para a integração dos mecanismos de fomento ao empreendedorismo no âmbito das universidades: o caso da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Florianópolis, 2006. 182 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.

PINCHOT, G. Intrapreneuring: por que você não precisa deixar a empresa para tornar-se um empreendedor? São Paulo: Harbra, 1989.

PORTER, M. A vantagem competitiva das nações. São Paulo: Pioneira, 1990.

PUTNAM, R. D. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1996.

QBCAMP. Associação Industrial e Comercial de Quatro Barras e Campina Grande do Sul, 2016. Disponível em: <http://www.qbcamp.com.br/> Acesso em: junho de 2016.

QUINN, J. B. Strategies for change. In: MINTZBERG, H.; QUINN, J. B. The strategy process. 2. ed., Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 1991.

RICHARDSON, R. J. (Org.) et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

RONDA-PUPO, G. A.; GUERRAS-MARTÍN, L. A. Dynamics of the evolution of the strategy concept 1962–2008: a co-word analysis. Strategic Management Review, v. 33, p. 162-188, 2012.

SCOTT, W. R. Organizations: rational, natural and open systems. 3. ed. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice Hall, 1992.

SCOTT, W. R. Institutions and organizations. Thousand Oaks: Sage Publications, 1995.

SCHUMPETER, J. The Theory of Economic Development. Harvard University Press, Cambridge Massachusetts, 1934.

SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Talentos do Brasil: catálogo de produtos e serviços. Porto Alegre, 2014.

SIMON, H. Comportamento administrativo. Rio de Janeiro: FGV, 1979.

STAKE, R. E. Qualitative case studies. In: DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. The Sage Handbook of Qualitative Research. 3. ed. Thousand Oaks: Sage, 2005, p. 443-466.

STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administração. 5. ed. Rio de janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1995.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

VAN DE VEN, A. H., Central problems in the management of innovation. Management Science, v. 32, n. 5, mai 1986.

VESPER, K. New ventures strategies. New York: Prentice Hall, 1980.

YIN, R. K. Qualitative research from start to finish. New York: Gilford Press, 2011.

ZAHRA, S. A. Predictors and financial outcomes of corporate entrepreneurship: an exploratory study. Journal of Business Venturing, v. 6, p. 259-285, 1991.

Downloads

Publicado

2019-05-20

Edição

Seção

Artigos Científicos