A CONSTRUÇÃO DE LEGITIMIDADE INSTITUCIONAL POR MEIO DE PRÁTICAS DISCURSIVAS

Autores

  • Larissa Soares de Queiroz Universidade Federal de Sergipe Faculdade Adventista da Bahia
  • Ludmilla Meyer Montenegro Universidade Federal de Sergipe
  • Florence Heber Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.19177/reen.v11e012018226-253

Palavras-chave:

Estratégia como prática, Teoria Neoinstitucional, Práticas Discursivas. Legitimidade.

Resumo

O objetivo deste ensaio é evidenciar a relação existente entre as práticas discursivas e a legitimidade no contexto institucional, demonstrando como estas práticas podem ser legitimadas no discurso estratégico por meio da retórica. Assim, foi feita uma revisão de literatura do campo da estratégia como prática e da abordagem sociológica do novo institucionalismo, bem como das possibilidades de aproximação entre as teorias. Tal levantamento possibilitou o estabelecimento de relações entre o processo de institucionalização, as dimensões que permeiam a adoção do discurso estratégico e a legitimidade das práticas discursivas por meio da retórica intracampo.

Biografia do Autor

  • Larissa Soares de Queiroz, Universidade Federal de Sergipe Faculdade Adventista da Bahia

    Mestranda em Administração no Programa de Pós Graduação em Administração-PROPADM/UFS. Professora no curso de Administração da Faculdade Adventista da Bahia (FADBA).

  • Ludmilla Meyer Montenegro, Universidade Federal de Sergipe

    Professora efetiva no Programa de Pós Graduação em Administração-PROPADM/UFS

  • Florence Heber, Universidade Federal de Sergipe

    Professora e pesquisadora no Programa de Pós Graduação em Administração-PROPADM/UFS

Referências

ALPERSTEDT, G. D.; BULGACOV, S. Environmental management, strategic practices and praxis: a study in Santa Catarina industrial companies. BAR-Brazilian Administration Review, v. 12, n. 3, p. 288-308, 2015.

ANDRADE, L. F. S. et al. Desvelando o Campo da Estratégia como Prática e suas Relações. Revista Ibero Americana de Estratégia, v. 15, n. 1, 2016.

BERTI, E. No princípio era a maravilha. As grandes questões da filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 2010

BALOGUN, J. et al. Placing strategy discourse in context: Sociomateriality, sensemaking, and power. Journal of Management Studies, v. 51, n. 2, p. 175-201, 2014.

BERGER, P. L.; LUCKMANN, T. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. 34. ed.; tradução de Floriano de Souza Fernandes. Petrópolis, Vozes, 2012.

CALDAS, M. P.; FACHIN, R. Paradigma funcionalista: desenvolvimento de teorias e institucionalismo nos anos 1980 e 1990. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 45, n. 2, p. 46-51, 2005.

CARTER, C.; CLEGG, S. R.; KORNBERGER, M. Soapbox: editorial essays: Strategy as practice? Strategic Organization, v. 6, n. 1, p. 83–99, 2008.

CORNELISSEN, J. P. et al. Putting communication front and center in institutional theory and analysis. Academy of Management Review, v. 40, n. 1, p. 10-27, 2015.

DEEPHOUSE, D. L. et al. Organizational legitimacy: Six key questions. In.: Greenwood, R. et al. The SAGE handbook of organizational institutionalism, Thousand Oaks CA: Sage. p. 27-54. 2017.

DIAS, A. T. B. B. B.; ROSSETTO, C. R.; MARINHO, S. V. Estratégia como Prática Social: um Estudo de Práticas Discursivas no Fazer Estratégia. RAC-Revista de Administração Contemporânea, v. 21, n. 3, p. 393-412, 2017.

DIMAGGIO, P. J.; POWELL, W. W. Introduction. In: The new institutionalism in organizational analysis. Chicago: The University of Chicago Press, 1991. p. 1-38.

FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Brasília: Universidade de Brasília, 2001.

FONSECA, V. A abordagem institucional nos estudos organizacionais: bases conceituais e desenvolvimentos contemporâneos. In VIEIRA, M.; CARVALHO, C. (Orgs.). Organizações, instituições e poder no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, p. 47-66. 2003.

GARFINKEL, H.; SACKS, H. On formal structures of practical actions. In: GARFINKEL, H. (Org.). Ethnomethodological Studies of Work. London: Routledge & Kegan Paul, 1986. p. 160-193

GOLSORKHI, D. et al. Introduction: What is strategy as practice. In.: Cambridge handbook of strategy as practice, 2 ed., p. 1-20, 2015.

HALL, P. A.; TAYLOR, R. C. R. As três versões do neo-institutionalismo. Lua Nova: revista de cultura e política, n. 58, p. 193-223, 2003.

HARMON, D. J.; GREEN, S. E.; GOODNIGHT, G. T. A model of rhetorical legitimation: The structure of communication and cognition underlying institutional maintenance and change. Academy of Management Review, v. 40, n. 1, p. 76-95, 2015.

HYBELS, R. C. On legitimacy, legitimation, and organizations: A critical review and integrative theoretical model. In: Academy of Management Proceedings. Academy of Management, p. 241-245, 1995.

JARZABKOWSKI, P.; BALOGUN, J.; SEIDL, D. Strategizing: the challenges of a practice perspective. Human Relations. v. 60, n. 1, p. 5-27, 2007.

MACHADO-DA-SILVA, C. L.; FONSECA, V. S. da; CRUBELLATE, J. M. Estrutura, agência e interpretação: elementos para uma abordagem recursiva do processo de institucionalização. RAC-Revista de Administração Contemporânea, v. 9, n. 1, p. 9-39, 2005.

MACIEL, C. de O.; MUSSI AUGUSTO, P. O. A practice turn e o movimento social da estratégia como prática: está completa essa virada? Revista de Administração Mackenzie, v. 14, n. 2, p. 155-178, 2013.

MAGALHÃES, R. F. Racionalidade e Retórica: Teoria Discursiva da Ação Coletiva. Juiz de Fora: Clio Edições Eletrônicas, 2003, 138p.

MENEGHETTI, F. K. O que é um ensaio-teórico? RAC-Revista de Administração Contemporânea, v. 15, n. 2, p. 320-323, 2011.

MEYER, M. Principia Rhetorica: une théorie générale de l’argumentation. França: Fayard, 2008.

MEYER, J. W.; ROWAN, B. Institutionalized organizations: formal structure as myth and ceremony. American Journal of Sociology, v. 83, n. 2, p. 340-363, 1977.

MOSCA, H. M. B. Fatores institucionais e organizacionais que afetam a profissionalização da gestão do departamento de futebol dos clubes. Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Administração. Rio de Janeiro: 2006.

OKAYAMA, E. Y.; GAGG, M.; JUNIOR OLIVEIRA, P. F. P. Análise da produção científica em estratégia como prática. Revista Brasileira de Estratégia, v. 7, n. 2, p. 191-204, 2014.

PAROUTIS, S.; HERACLEOUS, L. Discourse revisited: Dimensions and employment of first‐order strategy discourse during institutional adoption. Strategic Management Journal, v. 34, n. 8, p. 935-956, 2013.

PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado da argumentação: a nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

PHILLIPS, N.; LAWRENCE, T. B.; HARDY, C. Discourse and institutions. Academy of Management Review, v. 29, n. 4, p. 635-652, 2004.

PRATES, A. A. P. Organização e instituição no velho e novo institucionalismo. In.: RODRIGUES, S. B.; CUNHA, M. P. Estudos organizacionais: novas perspectivas na administração de organizações. São Paulo: Iglu, p. 90-106, 2000.

POWELL, W. W.; BROMLEY, P. New institutionalism in the analysis of complex organizations. International encyclopedia of social and behavioral sciences, v. 2, 2013.

RESE, N. et al. O Vir a Ser da Estratégia como uma Prática Social. RAC-Revista de Administração Contemporânea, v. 21, n. 2, p. 227-248, 2017.

RESE, N.; SALVADOR, D. W. A categoria “Estratégia” em pesquisas sob a perspectiva da Estratégia Como Prática Social: uma proposta de apreensão. In: VIII Encontro de Estudos em Estratégia - 3Es, Curitiba, 2017.

SUCHMAN, M. C. Managing Legitimacy: strategic and institutional approaches. Academy of Management Review, v. 20, n. 3, p. 571-610, 1995.

SUDDABY, R. Challenges for institutional theory. Journal of management inquiry, v. 19, n. 1, p. 14-20, 2010.

SUDDABY, R.; SEIDL, D.; LÊ, J. K. Strategy-as-practice meets neo-institutional theory. Strategic Organization, v. 11, n. 3, p. 329-344, 2013.

TOLBERT, P. S.; ZUCKER, L. G. A institucionalização da teoria institucional. In: CLEGG,

S. R; HARDY, C.; NORD, W. R. (Orgs.); CALDAS, M.; FACHIN, R.; FISCHER, T. (Orgs. da edição brasileira) Handbook de estudos organizacionais: modelos e novas questões em estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, v. 1. p. 196-219. 1999.

WHITTINGTON, R. Strategy as practice. Long Range Planning. v. 29, n. 5, p. 731-735, 1996.

WHITTINGTON, R. Completing the practice turn in strategy research. Organization studies, v. 27, n. 5, p. 613-634, 2006.

WHITTINGTON, R.; JOHNSON, G.; MELIN, L. The emerging field of strategy practice: some links, a trap, a choice and a confusion. In: EGOS Colloquium, Slovenia. 2004.

ZUCKER, L. G. The role of institutionalization in cultural persistence. American sociological review, v. 42, n. 5, p. 726-743, 1977.

Downloads

Publicado

2018-12-28

Edição

Seção

Artigos Científicos