AS ORIGENS DO CAMPO DA ESTRATÉGIA: CONTRIBUIÇÕES DE IGOR ANSOFF E HENRY MINTZBERG

Autores

  • Dyogo Neis Universidade Federal de Santa Catarina
  • Mauricio Fernandes Pereira Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.19177/reen.v8e22015207-240

Palavras-chave:

Pressupostos Epistemológicos, Estratégia Organizacional, Planejamento Estratégico, Evolução.

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar os fundamentos epistemológicos da evolução do Processo de Planejamento Estratégico. A pesquisa caracteriza-se como bibliográfica qualitativa, no qual se empregou o levantamento de fontes secundárias. A análise consistiu na identificação de indícios que permitiram identificar quais correntes epistemológicas, a saber: empirismo, racionalismo, criticismo, positivismo, funcionalismo, sistemismo, dialética e complexidade, que embasam as obras do precursor do Planejamento Estratégico, Igor Ansoff, e do seu principal crítico, Henry Mintzberg. A conclusão indica que estes autores possuem pressupostos epistemológicos predominantemente divergentes, sendo que tais antagonismos foram fundamentais para o atual constructo da estratégia organizacional.

Referências

ALLIANT. History, 2014. Disponível em: <https://www.alliant.edu/why-alliant>. Acesso em 03 de julho de 2014.

ANSOFF, I. Corporate Strategy. New York: McGraw-Hill, 1965

BACON, F. Novo Organum ou Verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. 2. Ed. São Paulo: Abril cultural. 1979. p. 1-123.

BENSON, J. K., As organizações: um ponto de vista dialético, in Chanlat, J.-F. e Séguin, F. L’analyse des organisations: une anthologie sociologique. Tome I. Montreal : Gaëtan-Morin, 1987.

BENTHAM, J. Uma Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação. 2. Ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

BUCKLEY, W. F. A sociologia e a moderna teoria dos sistemas. São Paulo: Cultrix: Ed. Univ. S. Paulo, 1971.

CHANDLER, A. Strategy and structure. Cambridge, Ma: MIT Press, 1962.

CHANLAT, J.-F.; SEGUIN, F. L’analyse des organisations: une anthologie sociologique. Tome I. Montreal : Gaëtan-Morin, 1987.

DEMO, P. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas. 1985.

DESCARTES, R. Discurso do Método. In: René Descartes, coleção os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

DORTIER, J.F. Le cercle de Vienne et Le nouvel spirit scientifique. In: Sciences Humaines, hors-série, septembre 2000.

DURKHEIM, E. As regras do método sociológico (cap. primeiro); Da divisão do trabalho social (livro I, cap. 1). In: Durkheim, coleção os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

ESTRADA, R. J. S.; ALMEIDA, M. I. R.; A eficiência e a eficácia da gestão estratégica: do planejamento estratégico à mudança organizacional. Revista de Ciências da Administração, v. 9, n. 19, p. 147-178, set./dez, 2007.

FERREIRA, M. P.; PEREIRA, M. F.; SERRA, F. A. R.; MORITZ, G. O. Estratégia em diferentes contextos empresariais: fundamentos, modelos e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2010.

FOULQUIÉ, P. A dialética. Lisboa: Europa-América, cap. 1, 1978.

HAMBRICK, D. C.; FREDRICKSON, J. W. Are you sure you have strategy? Academy of Management Executive, v. 15, n. 4, p. 48-59, Nov 2001.

HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. The core competence of the corporation. Harvard Business Review, v. 68, n. 3, 1990.

JAPIASSU, H. Introdução ao pensamento epistemológico. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1991.

KEINERT, M. O conhecimento em Kant: limites da experiência. Revista Mente Cérebro & Filosofia: fundamentos para a compreensão contemporânea da psique. 3ª ed. Ediouro: São Paulo, 2008.

MALINOWSKI, B. Uma teoria científica da cultura. Rio de Janeiro: Zahar, 1970.

MCGILL. Mintzberg, 2014. Disponível em: <http://www.mcgill.ca/>. Acesso em 02 de jul de 2014.

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de Estratégia: um roteiro pela selva do Planejamento Estratégico. São Paulo: Bookman, 2000.

MINTZBERG, H. Opening up the definition of strategy. In: The Strategic Process – concepts, contexts and cases. QUINN, J. B.; MINTZBERG, H.; JAMES, R.M.(Ed.), Prentice-Hall Inc., 1988.

MINTZBERG, H. The illusive strategy... 25 years later. Management laureates: A collection of autobiographical essays, 1993.

MINTZBERG, H. The Fall and Rise of Strategic Planning. Harvard Business Review, p. 107-114, 1994.

MINTZBERG, H. Resumé, 2014. Disponível em: <http://www.mintzberg.org/resume>. Acesso em 07 de julho de 2014.

MORIN, E. Ciência com consciência. Lisboa : Europa-América, 1982.

MORIN, E. Complexité et organisation, in Audet, M. e Malouin, J.-L., La production des connaissances scientifiques de l'administration. Québec: Les Presses de l'Université Laval, 1986.

NEIS, D.; PEREIRA, M. F. Planejamento Estratégico: a contribuição da estrutura organizacional para o processo de implementação da estratégia. São Paulo: Atlas, 2015.

PADOVANI, H.; CASTAGNOLA, L. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1984.

PADOVANI, H.; CASTAGNOLA, L. História da Filosofia. São Paulo: Melhoramentos, 1990.

PARSONS, T. Sugestões para um tratado sociológico da teoria de organização. In: Etzioni, A. (org.), Organizações complexas. São Paulo: Atlas, 1967.

POISTER, T. H. The Future of Strategic Planning in the Public Sector: Linking Strategic Management and Performance. Public Administration Review, v. 70, p. 246–254, 2010.

POPPER, K. R. A lógica da investigação científica: Três concepções acerca do conhecimento humano: a sociedade aberta e seus inimigos. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

PORTAL GESTÃO. Igor Ansoff – Pai da Gestão Estratégica, 2014a. Disponível em: <http://www.portal-gestao.com/item/6662-igor-ansoff-pai-da-gest%C3%A3o-estrat%C3%A9gica.html#sthash.F59bp3tO.dpuf>. Acesso em 07 de julho de 2014.

PORTAL GESTÃO. Henry Mintzberg – A estratégia não se planeja, constrói-se, 2014b. Disponível em: <http://www.portal-gestao.com/gestao/item/6855-henry-mintzberg-a-estrat%C3%A9gia-n%C3%A3o-se-planeia,-contr%C3%B3i-se.html#sthash.IRSW5u2j.dpuf>. Acesso em 07 de julho de 2014.

PRIGOGINE, I. STENGERS, I. A Nova Aliança: Metamorfose da Ciência. 3. Ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.

RADCLIFFE-BROWN, A. Sobre o conceito de função em ciências sociais. In: Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópolis: Vozes, 1973.

RIGBY, D.; BILODEAU, B. Management Tools and trends 2013. Bain & Company, 2013. Disponível em: <http://www.bain.com/Images/BAIN_BRIEF_Management_Tools_%26_Trends_2013.pdf>. Acesso em: 02 jul. 2014.

ROSENWEIG, J.; KAST, F. O conceito moderno: enfoque sistêmico, in Organização e ad-ministração – um enfoque sistêmico. São Paulo: Pioneira, 1980.

SÉGUIN, F.; CHANLAT, J. F. L'analyse des organisations: une anthologie sociologique. Les théories de l'organisation. Montréal: Gaetan Morin Editeur Limitee, 1992.

SELZNICK, P. Fundamentos da teoria de organização, in Etzioni, A. (org.), Organizações complexas. São Paulo: Atlas, 1967.

SERVA, M. O paradigma da complexidade e a análise organizacional. Revista de Administração de Empresas, v. 32, n. 2, pp. 26-35, abr/jun 1996. Disponível em: <http://rae.fgv.br/rae >. Acesso em: 10 jul. 2014.

SOUZA SANTOS, B. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos Avançados, no 3, maio/agosto 1988.

THE ECONOMIST. The Economist Guide to Management Ideas and Gurus, 2014. Disponível em: <http://www.economist.com/node/11701586>. Acesso em 07 de julho de 2014.

VANDERBILT. Igor Ansoff Award, 2014. Disponível em: <http://www.vanderbilt.edu/>. Acesso em: 06 jul. de 2014.

VOLBERDA, H. W. Crisis in strategy: fragmentation, integration or synthesis. European Management Review, v. 1, nº 1, p. 35-42, 2004.

WHITTINGTON, R. O que é estratégia. São Paulo: Thomson Learning, 2002.

Downloads

Publicado

2016-01-14

Edição

Seção

Artigos Científicos