No campo das semelhanças deslocadas e das proximidades empáticas

Autores

  • Rosângela Miranda Cherem

DOI:

https://doi.org/10.19177/rcc.v0e02009193-204

Palavras-chave:

Fotografia, Imagem, Arte contemporânea

Resumo

O ponto de partida deste texto pressupõe um pensamento sobre a fotografia através de pequenos fragmentos concebidos como partes de um políptico. Se, como ensina Barthes, tudo pode ser texto, o que interessa neste caso não é nem o significado e nem a compreensão comparativa e/ou evolutiva que concede ao presente a última palavra, mas uma ênfase ao caráter de inquietação e heterogeneidade, quando uma estrutura ordenadora e classificatória pode ser movimentada e desierarquizada em detrimento da técnica e do registro documental codificados pela importância histórica ou jornalística. Em tempos de expansão inimaginável do arsenal imagético e de telas que prometem revelar incansavelmente os fatos em tempo real, sejam eles íntimos ou de relevância planetária, parece conveniente suspender as certezas sobre a imagem fotográfica para interrogar sua natureza, problematizando como a mesma sobrevive por metamorfoses, constituindo-se e persistindo em sua condição artística.

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Publicado

2009-12-22

Edição

Seção

Artigos