Relato de caso

florais em um instituto de psiquiatria

Autores

  • M. A. Neves
  • O. Takeda
  • A. Eufrasio
  • L. Arruda

Palavras-chave:

Florais, Instituto de Psiquiatria

Resumo

A paciente; mulher de 30 anos, estudante, compareceu no dia 08/08/2019 para atendimento na Terapia Floral da grade das Práticas Botânicas do Centro de Habilitação do Hospital Dia (CRHD) no Instituto de Psiquiatria (IPq), do Hospital das Clínicas (HCFMUSP). Na anamnese da paciente foi observado, pela linguagem corporal e no relato, muita tristeza, falta de aceitação da internação no hospital para tratamento psiquiátrico e não entendimento da necessidade do tratamento médico. SIC (“quero minha vida de volta” - “Me sinto presa, como se estivesse doente”). Não se dando conta que de fato estava doente. Na ocasião foi formulado as essências florais abaixo: 1)Holly – para ajudá-la a aceitar o tratamento médico que estava sendo realizado naquele momento; 2) Cherry Plum – essência que auxilia no controle das emoções e traz clareza mental. 3) Mustard – para ajudar a diluir a tristeza; 4) Walnut – Essência que proporciona constância e adaptação para ajudar nesse novo ciclo de sua vida que exigia cuidados com a sua saúde. A queixa central trazida no primeiro atendimento foi a tristeza e falta de aceitação da internação e de toda a situação que foi gerada após o surto psicótico que ocorreu em maio de 2019, que impedia a interagente de ter contato com a própria filha. A mesma não conseguia entender a razão da internação e da impossibilidade de se relacionar com familiares próximos. De acordo com a filosofia do Dr. Edward Bach, ao iniciar o uso dos florais vai ocorrendo um “descascar de cebola” nas nossas emoções, a pessoa se dá conta das reais emoções e como trabalhá-las. Nesse atendimento foi notório esse processo, pois a paciente, a cada sessão, evoluiu no descascar das suas emoções, vindo à tona o sentimento de culpa e outras emoções que estão sendo tratadas nos retornos dos atendimentos. Nota-se que após o 10 º retorno a paciente encontra-se muito mais consciente das suas condições emocionais e psíquicas, entende que ainda não está pronta para assumir algumas responsabilidades como a de cuidar da filha, relata com clareza quando ocorreu a primeira crise de depressão os problemas e sentimentos que teve na infância. Neste sentido, identificamos um grande avanço quando comparamos o estado de consciência do primeiro atendimento até o momento atual, pois a paciente observa que ainda precisa evoluir para reconquistar a sua autonomia e liberdade, entende a necessidade do tratamento. Inclusive verbaliza que esse período foi bom para que ela conseguisse compreender as atitudes de alguns familiares que haviam a magoado no passado. Ou seja, nesse desenvolvimento de conscientização do seu próprio eu e de como esse processo se relaciona com o mundo exterior entendemos que ainda haverá um longo caminho pela frente, porém já é possível notar os avanços  conquistados. 

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Publicado

2022-12-07