Uso da terapêutica homeopática em famílias de Duque de Caxias durante a pandemia de covid-19

Autores

  • Twoany Rebecca Pedroza Sanches Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Eliane Turano Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Juliana Patrão de Paiva Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Carla Holandino Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Adriana Passos Oliveira Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Edgard Costa de Vilhena Universidade Paulista

Palavras-chave:

Homeopatia, covid-19, terapias complementares

Resumo

O coronavírus é um dos principais patógenos que atinge principalmente o sistema respiratório humano. Em dezembro de 2019 ocorreram os primeiros casos da doença causada pelo agente denominado SARS-CoV-2. Atualmente, é responsável por mais de 183.686.216 casos positivos e 3.975.661 mortes em todo o mundo, segundo OMS em 02/07/2021. O Brasil é o terceiro país com maior número de casos por COVID-19 e o município de Duque de Caxias (RJ) apresenta altas taxas de óbitos. Neste contexto, é imprescindível a busca por outras terapias, como a Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa, como a Homeopatia que apresenta histórico eficaz na prevenção e tratamento dos sintomas de epidemias virais. O objetivo foi avaliar o uso do complexo homeopático (Bryonia alba 30CH, China officinalis 30CH e Metallum album 30CH), durante a pandemia de COVID-19, por famílias residentes em comunidades de Duque de Caxias com e sem sintomas semelhantes ao COVID-19. Tais medicamentos homeopáticos foram escolhidos após análise dos sintomas prevalentes da doença pela técnica de repertorização e consulta às matérias médicas homeopáticas, aliadas à orientação da Associação Médica Homeopática Brasileira sobre os medicamentos importantes do “gênio epidêmico” de COVID-19. O ensaio clínico quase-experimental do tipo série de tempo foi aplicado em 51 famílias, totalizando 128 pessoas. Após a aprovação no Comitê de Ética, o medicamento foi preparado na Farmácia Homeopática da UFRJ na trigésima diluição centesimal hahnemanniana (30CH) de cada princípio ativo. Em seguida, os participantes elegíveis receberam o medicamento junto do questionário de adesão e foram acompanhados semanalmente durante oito semanas. Os dados obtidos foram estatisticamente analisados com 5% de nível de significância para variáveis categóricas pelo teste de Mc Nemar, utilizando os
programas Excel e SPSS 17.0. Antes da intervenção, apenas seis famílias apresentavam sintomas como coriza, dor de cabeça e dor no corpo e as outras 45 famílias foram consideradas saudáveis. Após a intervenção homeopática não houve registros de hospitalização, nem morte nas famílias que fizeram o uso do medicamento. Embora 53% dos participantes apresentaram comorbidades anteriores, apenas 10% necessitaram de atendimento hospitalar. Os participantes também relataram satisfação quanto ao tratamento (98%) e percepção positiva com relação ao quadro geral de saúde (84%). Apenas 19,6% das famílias tiveram acesso ao teste para COVID-19, com positividade em apenas 11,1% dos indivíduos. Destacam-se as famílias com membros positivos que apresentaram recuperação rápida, sem necessidade de hospitalização e sem progressão na gravidade dos sintomas. Houve ótima aceitação destas à intervenção homeopática. A alta satisfação dos participantes quanto ao tratamento homeopático (intervenção e assistência) e a percepção positiva com relação ao quadro geral de saúde são indispensáveis durante a atual pandemia que gera medo e insegurança. Os resultados obtidos sugerem uma alternativa terapêutica segura e não tóxica frente ao COVID-19 que não evita a contaminação, mas sim a diminuição do agravamento e do uso de serviços hospitalares e consequentemente, de óbitos. Portanto, a intervenção homeopática deve ser estimulada frente a atual pandemia, aliada às medidas sanitárias preconizadas pelos órgãos de saúde. 

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Publicado

2022-12-07