Autoexperimentação em homeopatia como oráculo da cura

Autores

  • R. L. G. Gonçalves Instituto Mineiro de Homeopatia - IMH
  • M. E. R. Baeta Instituto Mineiro de Homeopatia - IMH
  • A. L. B. Ciravegna Instituto Mineiro de Homeopatia - IMH
  • C. R. M. Esquerdo Instituto Mineiro de Homeopatia - IMH
  • A. C. G. da Cruz Instituto Mineiro de Homeopatia - IMH; Preceptoria da Residência Médica em Homeopatia do Hospital Público Regional Prefeito Osvaldo Rezende Franco – Betim/MG
  • M. Beier Instituto Mineiro de Homeopatia - IMH; Preceptoria da Residência Médica em Homeopatia do Hospital Público Regional Prefeito Osvaldo Rezende Franco – Betim/MG

Palavras-chave:

Autoexperimentação, Doença Dinâmica em Homeopatia, Cura em Homeopatia

Resumo

INTRODUÇÃO: Hahnemann afirma que, por disponibilização à ação medicamentosa – a experiência pura, o oráculo infalível da arte de curar –, o homeopata observa, percebe e registra as alterações dinâmicas na própria saúde. Assim é que tal força medicamentosa torna-se remédio para o caso reconhecido em regime de semelhança por expediente de memória, em suspensão de juízo, em singular totalidade essencial. Justifica-se pela importância da experimentação na própria saúde, pelo método homeopático puro, como oráculo de certeza da arte de curar. Objetivou-se demonstrar a práxis homeopática como verbo em ação transformadora da Saúde alterada (ou obstaculizada) em melhor Saúde (fluxo desimpedido da Vida), por instrumento da autoexperimentação. MÉTODO: Utilizou-se análise qualitativa de dados por espécie de observação participante, aplicando-se tratamento da autoexperimentação na própria saúde e da relação entre médico e paciente, com destaque ao poder de verbo como oráculo, com suspensão de juízo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se caso de dificuldade de aprendizado, dispersão, em não se centrar, por sofrer violência do meio; ao falar, não se reconhecer e não ser reconhecida, sentir-se excluída e ficar de lado. Houve reconhecimento de doença dinâmica em totalidade essencial, com base em experimentação prévia de Olea europaea. O consentimento de tratamento na relação médico-paciente deu-se no momento com o verbo do contraditório entre disperso e centrado, entre falo e violência, entre estar no meio ou à margem. Na evolução do caso, houve apropriação da fala em centrar-se em si, em sentir o tempo adequado do outro, em entendimento da violência como o tempo do outro, no centrar-se em estudos, sentindo menos a dispersão. CONCLUSÕES: Na práxis homeopática, a experimentação na própria saúde possibilita ao médico homeopata o manejo do verbo em discurso, revelando-se por meio de alterações artificiais de saúde (medicamento), nas sensações e funções, que o próprio experimentador percebe. Ao reconhecer e ao adequar o medicamento a um caso, ocorre que, como a aniquilar a sensação de doença, o verbo concilia (modera) as oponências, com perdão de diferenças, assim promovendo conversas entre o adoecimento natural e o artificial e o consequente acordo em movimento de cura dinâmica, em assimilação, com melhor disposição. 

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Publicado

2022-12-07