Saberes de idosos que participam de um grupo de convivência sobre as plantas medicinais

Autores

  • C. Pilger Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
  • M. A. C. Carneiro Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
  • A. L. Silva Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão (UFG/RC)
  • A. C. S Moncaio Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
  • L. F. Lima Universidade Federal de Catalão (UFCAT)

Palavras-chave:

Plantas Medicinais, Saúde do Idoso, Terapias Complementares

Resumo

INTRODUÇÃO: As práticas Integrativas e Complementares em saúde (PICs) estimulam mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde, por meio de tecnologias eficazes e seguras, que enfatizam a integração entre o homem, o meio ambiente e a sociedade, dentre as PICs, estão as plantas medicinais. Objetivo: Analisar o conhecimento e saberes dos idosos que participam de um grupo de convivência (GC) sobre as plantas medicinais. METODOLOGIA: Estudo descritivo, exploratório, qualitativo. Participaram da pesquisa 12 idosos, que frequentavam regularmente o GC, no ano de 2019. Para a coleta de dados utilizou-se da técnica de entrevista, com aplicação de dois instrumentos semiestruturados. Utilizou-se como método de análise dos dados, a Análise de Conteúdo de Bardin, modalidade temática. Utilizou-se codinomes de rios do Estado de Goiás para identificação dos idosos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após análise das falas,foram estruturadas duas categorias: “As plantas medicinais: o conhecimento e o saber popular advindo dos idosos” e “As trocas e o compartilhar do conhecimento popular sobre plantas medicinais”. Na primeira categoria, a maioria dos idosos descreveu os benefícios, mas não relataram contraindicações do uso, nem o conhecimento que podem causar algum problema: “Eu aconselho a usar as plantas de remédio por minha conta própria e risco que não tem perigo” (Rio São Bento), contudo, alguns idosos traziam a importância de conhecer como é a forma correta de prepará-las, e que não pode ser utilizada de qualquer forma: “Hoje eu te falo que aconselho com certo cuidado, porque tem que saber como se faz, não ir fazendo de qualquer jeito” (Rio São Patrício). A maioria descreveu que possui as plantas medicinais em casa, ou pega no vizinho, ou em algum familiar. Já na segunda categoria, sobre os profissionais de saúde e sua relação com as plantas medicinais, o profissional mais citado foi o médico: “lembro um ortopedista que aconselhou o chá da erva cidreira pra tirar as dor” (Rio Paraíso). Foi encontrado nas falas que este conhecimento, foi passado por figuras familiares, como mãe, pai, avós “Eu fiquei conhecendo essas plantas com minha vó, minha mãe (Rio São Patrício). CONCLUSÃO: Percebe-se que explorar esses  conhecimentos, promovem vínculos e ganhos que vão além do saber científico, possibilitando a formação de vínculo com o usuário e ainda um olhar individualizado e integrado do ser e de seu fazer saúde, com valorização da cultura, crença e história de cada idoso.

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Publicado

2022-12-07